quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A corrosão da essência


O amor comeu minha sensibilidade humana.
O amor comeu meu cheiro.
O amor comeu minha face.
Comeu meu país inteiro.
O amor comeu minhas flores de todas as manhãs.
Comeu a luz do meu dia.
Comeu minha agilidade.
Minha cara metade
Minha mocidade.
E até minha alma, ele quis comer.
Ela que era como um diamante, foi sendo lapidada, restando apenas, a calma e a paciência de um coração que já viveu demais.

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